O Dia Internacional da Língua Portuguesa, comemorado em 5 de maio, é uma celebração da rica tradição literária e cultural expressa por mais de 260 milhões de falantes ao redor do mundo. Esta data, instituída pela ONU em 2019, destaca a importância da quarta língua mais falada globalmente, enfatizando as contribuições de escritores e tradutores que utilizam o português como meio de expressão artística.

Entre os ilustres autores lusófonos, destacamos:

  • José de Alencar (1829-1877), cujo romance “Iracema” retrata a história de amor entre uma índia e um colonizador português, simbolizando a fusão cultural do Brasil.
  • Fernando Pessoa (1888-1935), que em “O Livro do Desassossego”, composto por Bernardo Soares, um de seus heterônimos, explora temas de introspecção e existencialismo em uma Lisboa melancólica.
  • Guilherme de Almeida (1890-1969), notável por traduzir clássicos como “Hamlet” de Shakespeare, preservando a essência dramática enquanto adapta a linguagem ao contexto brasileiro.
  • Graciliano Ramos (1892-1953), cuja obra “Vidas Secas” narra a luta de uma família sertaneja contra a seca implacável do Nordeste brasileiro.
  • Cecília Meireles (1901-1964), em “Romanceiro da Inconfidência”, evoca a história de Minas Gerais no século XVIII através de versos que refletem sobre a identidade e resistência brasileira.
  • João Guimarães Rosa (1908-1967), autor de “Grande Sertão: Veredas”, uma epopeia sobre a vida, as lutas e as reflexões filosóficas de Riobaldo, um jagunço do sertão.
  • Clarice Lispector (1920-1977), em “A Hora da Estrela”, narra a trajetória de Macabéa, uma nordestina ingênua e desamparada vivendo no Rio de Janeiro.
  • José Saramago (1922-2010), que em “Ensaio Sobre a Cegueira” descreve uma epidemia inexplicável de cegueira que se abate sobre uma cidade anônima, explorando a fragilidade e complexidade das relações humanas.
  • Ariano Suassuna (1927-2014), cujo “Auto da Compadecida” combina elementos do folclore nordestino com influências do teatro medieval para contar as aventuras de João Grilo e Chicó.

Adicionando à lista, autores africanos que também enriquecem o patrimônio literário da língua portuguesa:

  • Pepetela (nascido em 1941), de Angola, cujo romance “Yaka” aborda a história angolana misturando factos históricos e ficção para retratar a busca pela identidade nacional e pessoal em meio aos conflitos coloniais.
  • Mia Couto (nascido em 1955), de Moçambique, conhecido por “Terra Sonâmbula”, uma obra que entrelaça as tradições orais africanas com a história contemporânea de Moçambique, explorando temas de guerra, deslocamento e esperança.

Ao celebrarmos o Dia Internacional da Língua Portuguesa, homenageamos não apenas o idioma, mas os escritores e tradutores que o tornam uma poderosa ferramenta de comunicação e expressão artística. Suas obras continuam a inspirar e a unir pessoas ao redor do mundo através do poder transformador da literatura.

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