A campanha “Setembro Amarelo” existe desde 2014 no Brasil. O objetivo é chamar a atenção de todos para a importância de falar sobre saúde mental. Além disso, conscientizar a população sobre um problema grave que está cada vez mais presente na sociedade também é um dos focos dessa ação. 

Durante muitos anos, o suicídio foi considerado um assunto sobre o qual não se deveria falar. Isso por fatores como vergonha, estigma e medo. Porém, em 2014, alguns órgãos brasileiros se uniram para divulgar mais o tema e, assim, poder reduzir os preconceitos em torno dele. 

Mas, antes de 2014, muita coisa aconteceu para que setembro se tornasse o mês de prevenção ao suicídio. Para saber um pouco mais sobre essa história, continue a leitura. 

Setembro Amarelo: como surgiu?

A campanha do Setembro Amarelo surgiu em homenagem ao jovem de apenas 17 anos, Mike Emme, que cometeu suicídio no mês de setembro de 1994, nos Estados Unidos. 

Mike era um menino muito tranquilo, carinhoso e habilidoso com mecânica de automóveis, o que o levou a restaurar um Mustang 68, pintando-o de amarelo. Por conta disso, seu carro ficou conhecido como “Mustang Mike”. O que ninguém imaginava, porém, era que esse mesmo jovem estivesse passando por sérios problemas psicológicos e, um dia, decidiria tirar a própria vida nesse carro. 

No dia de seu velório, seus amigos e familiares distribuíram cartões com frases motivacionais e fitinhas na cor amarela. Essa iniciativa gerou grande comoção e, desde então, um movimento sobre a prevenção ao suicídio surgiu, usando uma fita amarela como símbolo. 

Setembro Amarelo no Brasil

No Brasil, a campanha do Setembro Amarelo iniciou-se em 2014, adotada pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Assim, tornou-se muito importante para trazer conscientização às pessoas e mais discussões em torno da saúde mental, em um país no qual ainda há muitos tabus e preconceitos sobre o assunto.

Dados de suicídio no Brasil

No Brasil, ainda há muitos preconceitos sobre os problemas relacionados à saúde mental. Isso forma uma barreira que evita o tratamento adequado, já que as pessoas não recebem informações corretas. Consequentemente, isso aumenta o tabu e a falta de atenção ao problema. 

Todos esses estigmas somam-se ao problemas econômicos, sociais e de infraestrutura que assolam o Brasil. É válido ressaltar isso porque esses fatores interferem na saúde mental. Segundo a OMS, na América Latina, o Brasil lidera o ranking de pessoas com transtornos como ansiedade e depressão, com quase 19 milhões de indivíduos nessa situação. 

Ainda, segundo o Ministério da Saúde, por dia, cerca de 38 pessoas tiram a própria vida, sendo a maioria jovens de 15 a 29 anos de idade. 

Como visto, os números são expressivos e, por isso, a campanha do Setembro Amarelo  ajuda na conscientização e no acolhimento, elementos essenciais para a prevenção. 

A importância do acolhimento

Muitas vezes, uma pessoa que está passando por problemas precisa ser ouvida, pedir ajuda e ter apoio de alguém que saiba lidar com a situação, compreender e acolher.

O acolhimento é imprescindível para que a pessoa possa buscar tratamento adequado. Contudo, é necessário que o acompanhante dela também tenha conhecimento do problema para ajudar no acolhimento. 

É por isso que a Faculdade Phorte oferece a pós-graduação em Suicidologia: prevenção e posvenção, processos autodestrutivos e luto, para ajudar você a aprender um pouco mais sobre acolhimento, prevenção e posvenção. 

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